As comunidades e organizações, direcionadas a uma missão e objetivos específicos, estão se tornando fundamentais para iniciar na economia descentralizada, facilitando o processo de aprendizado em ambientes diferentes do modelo tradicional, mas diretamente com outras pessoas, em comunidades.
Passos para entrar na economia descentralizada e aprender Web3
- Priorize a educação: É o passo principal.
- Procure comunidades e grupos com interesses comuns: Encontre comunidades e grupos que compartilhem interesses semelhantes aos seus.
- Descubra e siga líderes da indústria nas redes sociais: Mantenha-se atualizado seguindo líderes influentes nas redes sociais.
- Participe de eventos e conferências: Compareça a eventos e conferências organizados por exchanges, blockchains ou organizações, seja presencialmente ou online.
- Compartilhe suas dúvidas em espaços de interação: Interaja com outros participantes e compartilhe suas dúvidas em diferentes plataformas.
- Consulte fontes confiáveis nas comunidades: Utilize informações validadas compartilhadas pelas comunidades, como threads no Twitter, canais no Telegram e Discord, e vídeos no YouTube.
- Aproveite chamadas para cursos e bolsas de estudo: Explore oportunidades oferecidas por associações para causas específicas.
- Se não se sentir confortável ou não estiver aprendendo o suficiente, busque novas comunidades: Esteja aberto a explorar novas comunidades caso sinta que não está se encaixando ou aprendendo o necessário.
Entender como funciona blockchain ou quais são os princípios da Web3 pode ser confuso, difícil e até um pouco intimidador no início. No entanto, quando se participa de espaços e comunidades nos quais se ensinam para que servem essas inovações, a experiência pode ser completamente diferente. Isso é algo que você encontra em muitas comunidades e grupos na economia descentralizada.
Nos últimos anos, vimos o surgimento de diferentes grupos com objetivos específicos, desde incentivar a participação das mulheres no ecossistema cripto, aumentar o acesso a conteúdos em idiomas específicos como espanhol ou português, ou para uma região, até desenvolver - do zero - algumas habilidades tecnológicas necessárias, para mencionar alguns exemplos. Além dos objetivos, todas elas têm algo em comum: uma visão de colaboração e crescimento coletivo.
Para Karla Revilla, membro do time da Crypto Puebla, a criação de uma comunidade no mundo cripto foi uma necessidade.
Entender como funciona blockchain ou quais são os princípios da Web3 pode ser confuso, difícil e até um pouco intimidador no início. No entanto, quando se participa de espaços e comunidades nos quais se ensinam para que servem essas inovações, a experiência pode ser completamente diferente. Isso é algo que você encontra em muitas comunidades e grupos na economia descentralizada.
Nos últimos anos, vimos o surgimento de diferentes grupos com objetivos específicos, desde incentivar a participação das mulheres no ecossistema cripto, aumentar o acesso a conteúdos em idiomas específicos como espanhol ou português, ou para uma região, até desenvolver - do zero - algumas habilidades tecnológicas necessárias, para mencionar alguns exemplos. Além dos objetivos, todas elas têm algo em comum: uma visão de colaboração e crescimento coletivo.
Para Karla Revilla, membro do time da Crypto Puebla, a criação de uma comunidade no mundo cripto foi uma necessidade.
“Eu sou de Puebla, México, e me sentia um pouco sozinha porque não sabia se existia uma comunidade aqui, não sabia se haviam mulheres construindo no ecossistema Web3. Então comecei a direcionar minhas redes sociais, a movimentar meu Twitter, porque vi que havia muita informação sobre cripto lá, e comecei a fazer entrevistas com líderes", relata.
No mesmo propósito, Laura Navarro, fundadora da H.E.R. DAO LATAM e cofundadora da WAGMI LatAm, destaca a necessidade de ter apoio no processo de aprender sobre Web3, porque ainda se trata de um tema muito novo.
"Para que as pessoas possam participar de forma ativa nessa tecnologia, precisam aprender como utilizá-la. Atualmente, na blockchain, ainda não estamos em um ponto em que o uso da tecnologia seja tão simples ou intuitivo, nem que a experiência do usuário seja tão amigável; e é muito útil e importante contar com alguém que vá guiando você nesse processo."
A palavra "comunidade" tem origem no latim "communitas" e refere-se a um conjunto de pessoas vinculadas por características, qualidades ou interesses comuns.
Uma das comunidades mais sólidas globalmente, focada em educação com perspectiva de gênero é a CryptoChicks, fundada por Elena Sinelnikova e Natalia Ameline, esta última também conhecida por ser a mãe de Vitalik Buterin, criador do Ethereum.
Essa organização civil, que teve início em 2017 no Canadá, atualmente está presente em 56 países, incluindo o México. A presidente no México, Natalia Villarreal, destaca que confiança, inspiração e diversidade são a base do sucesso para qualquer organização.
“Os humanos não operam com contratos inteligentes; operamos com base em empatia, em sutilezas como: gosto ou não gosto, entendo ou não; e as comunidades, neste primeiro ponto, se dirigem a esse ser humano”
Em uma entrevista para CryptoConexión, Natalia acrescenta que muito poucas mulheres que se aproximam pela primeira vez da CryptoChicks entendem sobre o assunto. "Elas entram porque confiam que queremos ajudar e que vamos navegar por este processo juntos, assim como todos os voluntários, os professores; é um assunto humano, de conexão."
Uma das contribuições que o aprendizado da economia descentralizada em grupos traz é o senso de pertencimento e o apoio constante para evitar inseguranças e frustrações.
Neste sentido, Laura Navarro diz que nas comunidades as pessoas percebem que há mais pessoas tentando aprender Web3. "Você se sente respaldada por outras pessoas que também estão no processo de entender como a tecnologia funciona. Ao mesmo tempo, poder compartilhar quais são suas dúvidas e ter um universo mais amplo de pessoas que podem respondê-las, é um círculo onde todos nos apoiamos. Mesmo que você tenha apenas uma semana ou um mês aprendendo a tecnologia, normalmente haverá alguém que sabe menos que você, e você pode ajudar essa pessoa a aprender o que você já sabe, e isso servirá para validar os conhecimentos que você já possui", destaca.
A presidente da CryptoChicks México destaca ainda que as comunidades ajudam as pessoas a não se sentirem sozinhas diante do novo e da disrupção. "Em todos os processos de mudança, você se depara com uma resistência, que é natural e tem uma evolução; e se é difícil ou não é amigável, não vai sobreviver ou seu caminho será mais sinuoso devido à mesma resistência à mudança. E o mundo precisa dos pioneiros, daqueles que saem da caixa, que inventam; precisa que alguém esteja criando o que ainda não existe", menciona Natalia.
Ao contrário da educação tradicional, a formação em torno de Web3, blockchain, NFTs, bem como seus diferentes usos e aplicações, tem uma grande diversidade de recursos para que cada pessoa escolha o que melhor se adapta às suas necessidades, estilo de aprendizado e tempo.
Entre as ferramentas mais utilizadas para aprender Web3 estão as redes sociais como Twitter, Telegram, YouTube, Discord ou Reddit, além de reuniões em grupo ou individuais.
Para a H.E.R. DAO LATAM, por exemplo, os aplicativos de mensagens instantâneas são uma via eficaz de comunicação e divulgação. "Normalmente, dentro do Telegram e WhatsApp, a informação é compartilhada por escrito, com links para recursos específicos que já foram identificados ou Snippets, que são informações muito resumidas sobre diferentes temas. No Twitter, são criados threads ou Twitter Spaces que servem como introdução ou para despertar curiosidade; depois disso, começam a surgir mais perguntas e aí já evolui para um webinar", conta Laura Navarro.
Karla, da Crypto Puebla, lembra que, para ela, as melhores fontes de aprendizado foram os vídeos e tutoriais, mas quando se trata de compartilhar conhecimento, prefere abordar de maneira informal. "A maioria do que aprendi foi por meio de vídeos no YouTube. O que faço? Sempre convido para um café e faço isso porque aconteceu comigo. Mas se você quiser pular os passos, vá para um evento, os hackatons também são muito importantes, eu posso recomendar que pelo menos uma vez você tem que 'hackear'".
Por fim, ao lidar com tecnologias, plataformas e aplicativos que ainda estão em construção, as entrevistadas afirmam que não é possível conceber uma comunidade Web3 que não inclua formação, colaboração e treinamento como pilares.
"É muito importante saber quem está por trás das comunidades, somos pessoas que estamos construindo sobre outras. Você pode pertencer a vários grupos, de acordo com interesses e valores específicos. Somos como uma selva, nos protegemos mutuamente, e isso também tem sido algo que eu amo nas comunidades", assegura Revilla.
"Dessa forma, você pode aprender coisas que talvez nem soubesse que existiam, porque alguém simplesmente está mencionando ou alguém está perguntando naquela comunidade. Esse tipo de comentário ajuda você a continuar aprendendo e até mesmo conhecer tópicos dos quais você não sabia nada", diz Navarro.
"O trabalho e os talentos servem para resolver problemas, e as ferramentas estão evoluindo para que possamos fazer isso de uma maneira melhor. Acredito que cada comunidade tem a responsabilidade de gerar valor, resolver e propor", conclui Natalia.
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